Imagem 1: Representação do experimento realizado para caracterizar os diferentes tipos de radiação. |
Imagem 2: Representação do experimento com partículas alfas em uma folha de ouro. |
Para uma melhor definição de cada tipo de radiação:
- Radiação alfa: são partículas positivas fragmentadas do núcleo de um átomo instável procurando uma estabilidade. É o tipo de radiação menos penetrante e é constituída por duas partículas positivas (próton) e duas neutras (nêutrons), semelhante ao núcleo do átomo de Hélio.
- Radiação beta: são partículas emitidas do núcleo de um átomo instável, semelhantes aos elétrons. É outra maneira do átomo se estabilizar. Ocorre da quebra de uma partícula neutra (nêutron), resultando em um próton e em uma partícula negativa, que é emitida para fora do átomo. Possui maior potencial de penetração que as partículas alfas.
- Radiação gama: é uma radiação eletromagnética, não tendo massa ou carga (como podemos ver na Imagem 1). Ela é muito mais penetrante e energética, por não se tratar de uma partícula, e sim uma onda. Além disso, é liberada em forma de energia após a emissão de partículas alfa e beta do núcleo.
Alguns anos depois, com a descoberta dos nêutrons, o físico italiano Enrico Fermi descobriu as transformações nucleares a partir do bombardeamento de nêutrons desacelerados em um átomo de urânio, resultando em outras espécies atômicas. Esta descoberta levou à fissão nuclear, explicada pelos cientistas Lise Meitner e Frisk como um processo de quebra do núcleo de um átomo pesado (por exemplo o urânio), fragmentando-se em átomos menores e nêutrons, liberando uma enorme quantidade de energia.
A ideia de reator nuclear surgiu a partir da fissão nuclear. A proposta era um processo de fissões sucessivas, onde o primeiro átomo pesado bombardeado gerava uma grande quantidade de energia e liberava nêutrons, que bombardeavam os átomos pesados vizinhos, repetindo o processo continuamente, produzindo energia em larga escala.
Imagem 3: Representação de uma fissão nuclear de um átomo de urânio radioativo. |
Anos depois, em 1942, o primeiro reator nuclear com urânio radioativo começou a ser construído. Entretanto, o processo de fissão nuclear também foi introduzido na construção das bombas atômicas utilizadas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 6 de agosto de 1945, Hiroshima foi bombardeada durante um ataque dos EUA. Nomeada "Little boy", a bomba liberou uma enorme quantidade de energia, matando, aproximadamente, 80 mil pessoas, enquanto milhares de sobreviventes morreram dias depois após a exposição à radiação. No dia 10 de agosto de 1945, Nagasaki foi bombardeada com a "Fat man", que possuía uma potência duas vezes maior que a "Little boy", causando 40 mil mortes, devido às condições climáticas de Nagasaki, desfavorecendo a precisão no lançamento. Também houve milhares de mortes dias depois por conta da radiação liberada.
Imagem 4: "Nuvem de cogumelo", resultado de uma bomba nuclear. |
Imagem 5: Ilustração do processo de fusão nuclear de dois isótopos de hidrogênio (Trítio e Deutério). |
Curiosidade: O processo de fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas, mantendo-as vivas. O núcleo das estrelas sofre fusões consecutivas entre seus átomos, gerando outros átomos maiores.
Referências:
- http://www.portalseer.ufba.br/
- http://web.unipar.br/
- http://radiacaoalfa.blogspot.com.br/
- http://www.cbpf.br/
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